Jornalista Fernando Rêgo Barros lança livro no Recife

Com os olhos do Mundo voltados para a Copa do Catar, o jornalista Fernando Rêgo Barros vai aproveitar que o assunto principal no País é a busca do hexa da seleção brasileira para lançar o seu mais novo livro 1958: Como ganhamos a Copa da Suécia, que relata justamente o início da hegemonia do Brasil no futebol, quando conquistou o seu primeiro título Mundial. O lançamento da Cepe Editora acontecerá nesta quarta-feira (30), às 19h, na Livraria Leitura do Shopping RioMar.

A conquista da Copa do Mundo de 1958 é simbólica para o futebol brasileiro. Além de significar a superação da derrota do time nacional para o Uruguai, em pleno Maracanã, na final de 1950, o campeonato em solo sueco mostrou ao planeta os dribles de Garrincha, a elegância de Pelé e a criatividade do inventor da “folha seca”, Didi.

Nas mais de 200 páginas do livro, Fernando Rêgo Barros relata a importância de jogadores como Didi, Pelé e Garrincha e revela que a primeira estrela estampada no uniforme Canarinho não foi obra do acaso. Ele conta a história utilizando diversos recursos, de relatos a imagens e fichas de jogos. Nos cerca de dois anos de pesquisa, o jornalista bateu à porta dos campeões ainda vivos e entrevistou Zito, Pepe, Dino Sani e Zagallo. Contextualizou o momento histórico, com o Brasil governado por Juscelino Kubitschek e o planeta sob a tensão da Guerra Fria. Foi à procura de imagens da época e garimpou gravações originais da partida Brasil x Suécia. “Assisti a esse jogo mais de 20 vezes”, revelou Rêgo Barros.

O livro 1958: Como ganhamos a Copa da Suécia ultrapassa as quatro linhas dos campos de futebol e comprova que a vitória brasileira resultou de um planejamento minucioso, nunca visto no futebol nacional. “Desde a década de 1930, nosso jogador era reconhecido como um dos mais talentosos do mundo. O talento, no entanto, parecia sumir em momentos decisivos”, afirma Fernando.

Diante disso, na época, começaram a surgir teorias na tentativa de explicar os motivos de os brasileiros não se darem bem nas competições internacionais. Entre elas, “a de que nossos atletas eram temperamentais, excessivamente emotivos e, por isso, não suportavam a pressão e a responsabilidade sempre presentes na reta final de uma Copa", pontuou.

O autor ainda cita o pessimismo da população brasileira naquela época. Ressabiado dos tropeços nas Copas de 1950 e 1954, o torcedor era descrente de que um dia seríamos campeões Mundiais, o que foi batizado por Nelson Rodrigues, dramaturgo e cronista esportivo pernambucano, de “complexo de vira-latas”.

MUDANÇA PARA A CONQUISTA

Nos estádios, detalha Rêgo Barros, o Brasil deslanchou. Pelé e Garrincha ficaram de fora nos dois primeiros jogos, contra a Áustria e a Inglaterra, sendo escalados no confronto com a União Soviética. O desempenho de ambos assegurou a vaga de titular até a partida de final, em que a seleção brasileira venceu a Suécia por 5x2. Então com 17 anos, Pelé marcou duas vezes. Antes, havia feito o gol da vitória contra o País de Gales (1x0), nas quartas de final, e três dos cinco gols brasileiros no placar de 5x2 contra a França, na semifinal.

Ao final, o livro mostra o clima de festa que tomou conta dos brasileiros após a conquista da Copa do Mundo de 1958, incluindo, a recepção animada dos recifenses à seleção brasileira, quando do retorno da Europa com a tão cobiçada taça de campeão.

Serviço:

Lançamento do livro 1958: Como ganhamos a Copa da Suécia
Dia: 30 de novembro
Horário: 19h (de Brasília)
Local: Livraria Leitura do Shopping RioMar
Preço do livro: R$ 75,00 (impresso) e R$ 30,00 (e-book)

Com informações da CEPE

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