Faleceu ontem (1), devido a complicações de uma leucemia, Luís Tenderini, fundador dos Trapeiros de Emaús. Seu velório começou ontem às 20h na escola Luís Tenderini, no bairro Linha do Tiro, e se estendeu até às 9h deste sábado. O sepultamento aconteceu, nesta manhã, no cemitério de Santo Amaro, na Zona Norte do Recife.
Luís era conhecido por sua militância em movimentos de Direitos Humanos e engajamento político. Há 25 anos ele fundou a Trapeiros de Emaús, uma entidade que restaura e redesigna móveis e eletrodomésticos descartados, também atuando na capacitação de jovens em vulnerabilidade social.
O Centro Dom Hélder Câmara publicou em suas redes sociais uma homenagem a Luis Tenderini:
"É impossível se despedir de Tenderini. Uma potência como a dele não finda com a chegada da morte. Ele enfrentou, de perto, os horrores da Ditadura. Ele abraçou a justiça social. Sócio-fundador, membro do Conselho Diretor do Cendhec e fundador do Trapeiros do Emaús, dedicou sua vida às pessoas e a proteção de direitos, um legado que nunca será abreviado.
Ele, que trabalhou lado a lado com Dom Helder, acreditava que cada pessoa era a presença de Deus em nosso caminho. Afirmação que pode ser confirmada por aquelas e aqueles que tiveram a oportunidade de partilhar da companhia do italiano.
Dizia ter aprendido com o Dom da Paz, também, a manter a tranquilidade em tempos de dificuldades.
Um ensinamento que fala direto aos corações de quem sente sua perda agora. Nós, do Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social, agradecemos por toda a contribuição de Tenderini para este Centro de Defesa e para a manutenção dos Direitos Humanos. Prestamos nossas condolências para sua família e amigos. E nos prontificamos a manter viva a chama que ele acendeu em nossos corações", diz a nota do Cendhec.
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