Teste de antígeno no nariz é o bastante para casos suspeitos de ômicron?


A variante ômicron do coronavírus tornou as pessoas mais dependentes dos testes rápidos de antígeno para descobrirem se estão com a covid-19, mas será que colocar um cotonete no nariz é o suficiente? Por ora, a orientação depende de onde você mora. 

Alguns cientistas já disseram que pessoas podem transmitir a ômicron quando ela tiver infectado sua garganta e saliva, ainda antes de o vírus chegar ao nariz, então o cotonete nas narinas no início da infecção não irá detectá-la.

Um estudo recente pequeno nos Estados Unidos apoia essa hipótese. Testes de PCR com a saliva de 29 pessoas infectadas com a ômicron detectaram o vírus em média três dias antes do que as amostras extraídas do nariz, nos chamados testes de fluxo lateral.

Em geral, testes rápidos têm uma sensibilidade menor do que os PCR processados em laboratório, o que significa que eles produzem mais falsos negativos.

Mas se você testar positivo, você pode quase certamente ter a covid-19, tornando os testes de antígenos uma ferramenta poderosa no combate à pandemia, já que a demanda por testes PCR para a ômicron está sobrecarregando laboratórios no mundo todo.

No Brasil, atualmente, os testes de antígeno estão disponíveis apenas nas farmácias e clínicas, mas o Ministério da Saúde estuda as especificidades para avaliar a implantação deste tipo de exame, como já ocorre em outros países.

Como resultado de estudos recentes, alguns especialistas nos Estados Unidos agora aconselham que as pessoas deveriam passar o cotonete na garganta, em vez do nariz.

Todos os testes de antígeno com autorizações de uso emergencial da FDA nos EUA usam amostras nasais, e a agência expressou preocupação com os riscos de uso do cotonete na garganta em casa, dizendo que os usuários devem seguir as instruções dos fabricantes.

Alguns outros países, incluindo o Reino Unido, aprovaram testes rápidos de antígeno que usam cotonetes na garganta e no nariz, ou apenas no nariz.

Na Alemanha, o Ministério da Saúde disse estudará a confiabilidade dos testes rápidos de antígeno na detecção da variante ômicron, e publicará uma lista dos produtos mais precisos.

Da Reuters

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